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Paraná

Preços dos Cortes Ovinos não acompanham o mercado

Os preços dos cortes ovinos, no mercado varejista no Estado do Paraná, não estão seguindo as tendências de alta observadas em carnes de outras espécies.
Capril Virtual

Segundo levantamento feito pelo Departamento de Economia Rural (Deral) de cortes de carne bovina, no primeiro semestre de 2021 (janeiro a junho) o corte que mais apresentou acréscimo foi o peito, com alta de 21,6% no período, seguido pela paleta (16,2%). Os cortes que tiveram menores altas foram a alcatra (7,6%) e o acém (8,6%).

No mesmo período avaliado (1º semestre), os cortes ovinos apresentaram o seguinte desempenho: costela (-2,2%), paleta (0,1%) e o pernil teve queda de 0,9%. Os números mostram que, além de não apresentar alta nos valores, dos três cortes levantados, dois apresentaram queda. Isso atesta o movimento contrário ao atual cenário de alta das proteínas animais. Vale lembrar que o atual cenário é de acréscimo nos custos de produção.

Como exemplo, a saca de milho (60 kg), também no primeiro semestre de 2021, se elevou em 8,7%. 

Categorias de Reposição

Não são somente os cortes de carne ovina que estão defasados no mercado. Os animais vivos para reprodução também se encontram com cotações inferiores a outras espécies, não acompanhando o cenário nacional de alta de custos.

Segundo a Pesquisa dos Preços Pagos pelos Produtores (Deral), em maio de 2020, uma matriz ovina de corte era comercializada a R$ 600,00. No mesmo mês de 2021, categoria idêntica de animal foi comercializada a R$ 650,00, com alta de somente 8,3% no período de um ano. No mesmo intervalo de tempo (maio 20/21), uma novilha de corte para reprodução teve seu valor acrescido em 71%, passando de R$ 2.026,30 para 3.464,58.

Estes números atestam que as cotações dentro da ovinocultura, encontram-se bastante defasadas em relação a outras atividades pecuárias.

Razões

As razões para o cenário apresentado dentro do setor podem ser:

- Comércio informal;

- Excesso de importações de animais, especialmente vindos do Uruguai, ocasionando uma concorrência desleal ao produto interno e de qualidade superior;

- Falta de organização entre os elos da cadeia;

- Falta de valorização do animal para o produtor e excesso de margens de lucro para o produto final (cortes no varejo);

- Emprego reduzido de tecnologias de produção e gestão dentro dos sistemas de criação na propriedade rural.

Notícia adaptada pela Equipe Capril Virtual com informações Conjuntura - Boletim Semanal 28/2021 DERAL/PR (19/07/2021)

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